Audiovisual do Agora
Com a tecnologia cada vez mais acessível a partir da internet e dos smartphones, tem crescido a possibilidade de fazer produções incríveis com pouco recurso seja utilizando uma câmera e um computador ou até mesmo o celular.
A partir desta realidade Raphael Poesia realizou a oficina Produção Audiovisual e Novas Tecnologias, tendo muitas trocas de saberes, sobre diferentes formas de se produzir, onde os participantes foram convidados a compartilhar seus vídeos ou produzir um vídeo a partir dos seus olhares audiovisuais, falando dos temas que estão presentes no agora e utilizando o equipamento que já tinham acesso. Formando assim a exposição “Audiovisual do Agora”.

Bora se Conectar
A produção audiovisual criada por Bruno Pompeu, “Bora se Conectar”, tem como tema principal os dias atuais onde se fez necessário o distanciamento social. O vídeo mostra cenas do cotidiano solitário que esse atual momento proporcionou e o quão importante foi a conexão via internet com outras pessoas e o quanto isso possibilitou para que existisse uma troca de vivências e afeto.
Bruno Pompeu — Bruno Rodrigues Ténorio, mais conhecido como Bruno Pompeu, 27 anos, morador de Vila Prudente, zona Leste de São Paulo. Iniciou no mundo da fotografia em 2012 e desde então vem se aperfeiçoando cada dia mais. Atualmente desenvolve trabalhos de Fotografia documental e street, retratando o cotidiano.

Falo
Existe uma ideia dominante sobre o que é ser homem nesta sociedade capitalista em que vivemos, e essa ideia é construída por uma cultura hegemonicamente branca, rica e hetero. Mas esse processo de construção das masculinidades transpassa diferentes fatores, e coloca aos homens pretos diversas armadilhas. Em meio ao machismo e ao racismo, para o homem preto foi designado um lugar de virilidade e hiperssexualização, estigmas que reforçam uma desumanização. Será que é confortável aos homens pretos esse debate?
Falo busca fazer pensar e discutir o patriarcado, a sociedade falocêntrica a partir do poder constituído ao masculino pela representação, do falo, não apenas simbólico. Falo este que é representativo de um poder que apenas os homens teriam, mas ser homem é simplesmente ter um falo? Se é direito humano de fato a igualdade, o falo não seria, como proposto pela psicanálise, o poder simbólico da força, daquela força que vem do pensamento, da inteligência?
Aos homens pretos, a construção das masculinidades passa pelos estigmas sociais e suas consequentes expectativas das relações sexuais e de afeto. As mulheres pretas já encontraram braços da sororidade, mas e os homens pretos, a quem encontrarão? Lico Cardoso e Regiane Souza
Regiane Ferreira de Souza — Regiane Ferreira de Souza, 39 anos, psicóloga, atuante na área social e educacional, outrora atuou na área da saúde e assistência social em territórios de alta vulnerabilidade. Moradora de Jd. Presidente Dutra, Guarulhos - SP. Fez curso de fotografia durante a pandemia e participa de um coletivo de pesquisa e produção audiovisual (AOTA).

Notas Sobre uma Quarentena
O vídeo documental retrata o cotidiano pelo olhar atencioso de Daiane. O material traz as cores e formas com que Daiane enxerga a vida a sua volta, e seu melhor jeito de se expressar é através da arte em imagens e vídeos. Segundo ela, “ a arte é tão importante quanto a fala”.
Daiane Letícia Pizzolatto — Daiane Letícia Pizzolatto Rocha, 34 anos, estudante de publicidade e propaganda, migrando para artes visuais. Moradora de São José, Santa Maria - RS. Admiradora de todas as artes, principalmente fotografia e audiovisual.

Mobilidade Urbana em Tempos de Confinamento
O filme retrata um pouco dos momentos em que estava em deslocamento pela cidade por meio de transportes urbanos de passageiros bem como à espera dos mesmos no Terminal de Integração do Antônio Bezerra, em Fortaleza, Ceará. Após um ano da pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19), as pessoas voltaram à convivência social e algumas regras de convivência continuam postas, para garantir que não haja mais contaminações em massa, como o uso de máscaras, o respeito ao distanciamento social e a constante higienização das mãos e objetos com álcool.
No vídeo que assistimos estou dentro de alguns ônibus, sentada ou em pé, captando imagens e sons desses instantes em que estamos a utilizar do mesmo transporte. Fiz vários takes diferentes, tanto durante o dia como à noite, em momentos que tinha permissão para filmar e/ou fotografar. Cada take obtém entre 5 a 10 segundos. Depois, com o mesmo celular, no caso, um Iphone 7, instalei o aplicativo Premiere Rush e fiz, com muita dificuldade, a edição do vídeo. Esse foi o meu primeiro filme pensado, realizado e editado por mim mesma e, agora, compartilhado com todos vocês.
Stephanie Alves Nojosa — Stephanie Alves Nojosa, 26 anos, artista e antropóloga visual em desenvolvimento. Moradora de Barra do Ceará, Fortaleza.Atualmente usa as redes sociais como portfólio dos seus registros imagéticos. A partir de suas vivências na cidade, utiliza-se do segmento mobgrafia ou fotografia de bolso para documentar experiências e, mais recente, narrar histórias com o viés etnográfico.
Stephanie Nojosa é formada em Licenciatura em Ciências Sociais (UFC) e estudante de bacharelado do mesmo curso e IES. É artista visual em desenvolvimento, no segmento da fotografia. Em março de 2020, período pandêmico, realizou "lives" com artistas visuais do Ceará e demais estados do Brasil.

Tribo Paiter Suruí / Museu Indígena Paiter a Soe
As ideia das fotografias de Guidiny, surgiram na intenção de resgatar e trazer vida ao museu indígena Paiter a Soe, que por conta da pandemia, se manteve fechado. Os membros da aldeia, viram a necessidade de trazer de volta as atividades que o museu proporciona, contudo os portões da aldeia estavam fechados para visitação, somente quem vivia lá poderia entrar. felizmente, nessa mesma época estava acontecendo um evento de exposição de arte na cidade próxima a aldeia, e assim surgiu a oportunidade de levar um pouco da cultura indigena Paiter, com fotografias rica em detalhes e artesanatos feitos pelo povo Suruí.
Guidiny Suruy — Samorano Guidiny Suruy, 22 anos, um jovem indígena da Tribo Paiter Suruí, da Aldeia Gamir, Cacoal - RO. Apaixonado pela arte de fotógrafar. Iniciando sua jornada como fotógrafo do museu indígena Paiter a Soe. Segundo Guidiny essa foi sua primeira experiencia em um curso de produção audiovisual.

Fora Bozo, em Palmas, Tocantins
O vídeo é um breve registro documental da organização e preparativos para a manifestação fora Bolsonaro realizada em Palmas Tocantins. O ato aconteceu no último dia 6 de outubro às 8:30 da manhã. Os manifestantes saíram da lateral do Palácio Araguaia, sede do executivo estadual, e seguiram em direção à uma das principais avenidas da cidade.
Angel Lima — Angélica Lima Mendonça, conhecida como Angel, 40 anos, fotógrafa profissional, mãe e artista. Moradora do Plano Diretor Sul, Palmas Tocantins.

Liberdade, Ir e Vir
O vídeo foi gravado na Fundação Julita, lugar onde trabalho. A Julita tem parte da sua mata originária da mata atlântica, e o lugar serve como atrativo e refúgio para diversos animais, inclusive esse do vídeo, um tucano de bico verde.
O vídeo foi gravado em um aparelho celular s20fe e editado via vídeo maker, onde acrescentei uma trilha para retirar o som original.
Lucas dos Santos Andrade — 24 anos, morador do Jardim São Luís, São Paulo.
Formado em pedagogia, atua como educador social em uma organização próxima de casa. Atrela a fotografia em sua área de atuação, trazendo o que sabe para dentro da sala e para fora dos muros.