Os indígenas têm um entendimento claro e diferente dos não indígenas sobre a natureza. Para eles tudo está interligado: a terra, a água o ar e o fogo. Partindo deste princípio, as alterações que fazemos no meio ambiente, refletem diretamente no desequilíbrio da Terra. E’ isso que estamos apresentando nesta exposição: como o ser humano em geral não respeita a natureza e as tentativas positivas de viver de uma forma mais organizada e equilibrada. Nós somos os responsáveis pelas mudanças climáticas e precisamos aprender a respeitar a natureza. Conhecer o Meio Ambiente e respeitá-lo é o começo para entendermos e fazermos um mundo melhor. Nossas ações influem diretamente na nossa vida e no futuro da Terra. Entender como o Meio Ambiente é o começo para uma verdadeira mudança individual e social.
Os alunos escolheram vários temas diferentes ligados ao Meio Ambiente para fotografar. Juntamos todos os ensaios como um quebra-cabeça e montamos esta exposição.
As fotos mostram a pintura tradicional do povo Kayapó, um símbolo de sua resistência no norte do Mato Grosso (Bekruwai Matytire), a seca do rio das Mortes (um dos grandes afluentes do Amazonas) por causa da utilização das suas águas pelo agronegócio com consequente desiquilíbrio ecológico no Mato Grosso (Utebrewê Xavante), a aldeia Maracanã, ex museu e ponto de resistência da cultura indígena na cidade do Rio de Janeiro (Luiz Renato Bigio), as áreas de convivência em praças, jardins e quintais onde acontecem trocas sociais e ambientais em São Paulo (Marcia Cristina da Silva), o desleixo nos cuidados com o lixo e pessoas que vivem nas ruas no centro de São Paulo/SP (Rose Battistella), a queimada na cidade de Alfenas em Minas Gerais (Maisanara Fonseca), a coleta seletiva de lixo reciclável no ecoponto em São Paulo/SP (Roberta N . Battistella), o trabalho de resistência das mulheres do MST em Lagoinha/ SP (Marcielle Monize) e um grupo de moradores de rua que se juntou em uma cooperativa e hoje plantam e vendem verduras orgânicas em Santa Catarina (Vanessa Soares).
Apresentamos também aqui as fotos de nosso convidado, o fotografo indígena Ubiratan Suruí, que nos relatou e mostrou a vida de seu povo Paiter Suruí em Rondônia.
Ubiratan Suruí
Ubiratan Gamlodtaba Suruí – Primeiro fotógrafo do povo Paiter Suruí. Vive na aldeia Lapetanha, na Território Indígena Sete de Setembro em Rondônia. Desde 2010, quando mostrou interesse pela fotografia, revela o cotidiano da aldeia, as ameaças a seu território e as riquezas culturais Paiter Suruí. Formado em Gestão Ambiental, Cursando licenciatura em educação do campo Ciências Humanas e Sociais na Universidade Federal de Rondônia, membro do Coletivo Ixomasoden “Almas Perdidas” com publicação na Revista ZUM e atualmente coordenador financeiro da Associação Metareilá do Povo Indígena Paiter Suruí.